DEPRESSÃO: UMA PANDEMIA SILENCIOSA
Preocupado com outros reflexos da pandemia, o vereador Eli Corrêa, em sessão virtual realizada no dia 16 de março, chamou a atenção para a saúde mental da população paulistana. "A quantidade de pessoas com ansiedade, angústia, é preocupante. Precisamos estar mobilizados para ajudar essas pessoas", pontua.
O parlamentar cita um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) que aponta quase 5% da população mundial, cerca de 330 milhões de pessoas, convivendo com a depressão. Desde 2017 a OMS considera a depressão como ?o mal do século?, uma vez que tem sido apontada como a principal causa de incapacitação e invalidez no mundo. No Brasil, a estimativa é de que tenhamos a maior taxa de depressão da América Latina, com aproximadamente 12 milhões de pessoas com este diagnóstico.
PANDEMIA COMO FATOR AGRAVANTE
Problemas como desemprego, diminuição da renda familiar que se acentuaram no contexto da pandemia, são eventos que podem desencadear sintomas depressivos e ansiosos.
A Universidade Estadual de Ohio (EUA), em dados preliminares de uma pesquisa global, aponta que o Brasil é líder em índices de ansiedade e depressão na pandemia quando comparado a outras dez nações. Participaram do levantamento cerca de 1.500 pessoas maiores de 18 anos. Neste recorte, 63% apresentaram relatos de ansiedade e 59%, sintomas de depressão.
QUEBRA DE TABU
Eli pontua que falar de saúde mental ainda é é tabu na sociedade. Por isso, muitos se recusam a conversar sobre o assunto. O parlamentar paulistano ressalta a importância de desenvolver atenção aos pequenos sinais que as pessoas com depressão podem emitir. "Uma depressão pode não ser tão visível, mas alguém que não quer tomar banho, por exemplo, pode ser um sintoma", pontua. Ele pondera, também, que a "falta de planos, não ter entusiasmo com a vida, a agressividade podem, na verdade, ser evidências de depressão.
Reconhecido como o homem sorriso do rádio há mais de 50 anos, Eli tem propriedade para alertar as pessoas. Por isso, enfatiza que "cuidar da mente é tão importante quanto cuidar da alimentação, das horas de sono, da saúde física. Busque ajuda, sem vergonha, sem medo, mas com muita coragem! Estamos juntos nessa!"